FVS-RCP reforça orientações para fortalecer a vigilância, o diagnóstico e o controle das arboviroses no período sazonal

FOTO: Divulgação/FVS-RCP
A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) divulga, nesta sexta-feira (21/11), a Nota Técnica nº 037/2025, que orienta os 62 municípios do estado sobre a intensificação das ações epidemiológicas, laboratoriais e de controle do Aedes aegypti durante o período sazonal das arboviroses — dengue, chikungunya e zika. O documento está disponível no site oficial: www.fvs.am.gov.br.
Segundo a nota técnica, o período entre outubro e maio apresenta maior risco de transmissão no Amazonas devido ao aumento das chuvas e à proliferação de criadouros do mosquito. Para reduzir casos graves e evitar surtos, a FVS-RCP reforça a necessidade de ações integradas entre vigilâncias municipais, unidades de saúde e sociedade civil.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca que o momento exige atenção e ação coordenada. “Estamos entrando no período mais crítico para as arboviroses no estado, e o Amazonas age com antecedência. A nota técnica reforça orientações que vão desde a atenção clínica até o fortalecimento das atividades de campo e do diagnóstico laboratorial. É um esforço conjunto para proteger vidas”, ressaltou.
O diretor da Vigilância Ambiental da FVS-RCP, Elder Figueira, reforça que a intensificação das ações vetoriais nos municípios é essencial neste período. “É fundamental acelerar a eliminação de água parada e focos do Aedes, além de fortalecer os levantamentos entomológicos e o monitoramento por ovitrampas. Esses instrumentos orientam o trabalho das equipes e ajudam a identificar rapidamente as áreas de maior risco. Atuamos de forma técnica e estratégica para interromper a cadeia de transmissão”, destacou o diretor.
Orientações aos municípios
A FVS-RCP recomenda que as gestões municipais antecipem e fortaleçam a execução das ações de prevenção e controle das arboviroses, incluindo a implantação ou reativação do Comitê Interinstitucional de Vigilância e Controle das Arboviroses. A participação de representantes das áreas de Educação e Limpeza Pública é essencial, uma vez que suas atividades são estratégicas e impactam diretamente na eficácia das ações de vigilância e controle.
O órgão reforça, ainda, que as unidades de saúde ampliem a coleta e o envio de amostras biológicas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-AM), especialmente nos primeiros dias de sintomas, para o diagnóstico oportuno e encerramento adequado dos casos. Para gestantes com suspeita de arboviroses, a confirmação laboratorial é prioritária devido aos riscos específicos da gestação.
O documento orienta também a intensificação das ações de educação em saúde e mobilização social, por meio de mídias locais, redes sociais e articulação com escolas, universidades e associações comunitárias, reforçando a importância da eliminação de criadouros.
A intensificação da vacinação contra a dengue para adolescentes de 10 a 14 anos, estratégia definida pelo Ministério da Saúde, que já está disponível nos 44 municípios com casos da doença.