Em clima de reverência e virtuosismo, a Amazonas Band conduziu o público do Teatro Amazonas por um concerto dedicado à memória

FOTO: Aguilar Abecassis / Secretaria de Cultura e Economia Criativa
O Teatro Amazonas recebeu, na terça-feira (14/10), o concerto “Lux Aeterna – À memória de Maestro Branco e Hermeto Pascoal”, apresentado pela Amazonas Band sob regência do maestro Rui Carvalho. O espetáculo, promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, reuniu o público em uma noite de emoção, virtuosismo e celebração do legado de dois ícones da música brasileira.
Com duração de 1h20, o concerto integrou o calendário de programações do Teatro Amazonas e reafirmou o compromisso do Governo do Estado com a valorização dos artistas e da produção musical brasileira. O programa incluiu obras que dialogam entre o jazz e a música popular, com arranjos inéditos preparados ao longo de 2025 especialmente para a Amazonas Band.
Sob a regência de Rui Carvalho, a apresentação teve como destaque a execução da obra “Réquiem”, composta pelo próprio maestro. Dividida em quatro partes – Lamento, Prece, Senda e Lux Aeterna -, a peça foi escrita durante a pandemia e traduz o sentimento de reflexão e esperança diante da finitude da vida. “Essa composição nasceu em um período difícil, de muitas perdas, e só é apresentada quando existe um motivo especial. Hoje, dedicamos a Maestro Branco e a Hermeto Pascoal, dois grandes mestres que deixaram marcas profundas na música brasileira”, explicou Rui.


O maestro também destacou a importância de José Roberto, conhecido como Maestro Branco, em sua trajetória. O arranjador e compositor foi uma figura marcante na formação do maestro, com quem manteve uma relação próxima e de aprendizado. Seu mestrado, inclusive, foi dedicado ao amigo e mentor, a quem se referiu como um verdadeiro professor de arranjo e inspiração artística.
A homenagem contou com a participação especial do Madrigal do Amazonas, que se uniu à banda em momentos de destaque do concerto, como Réquiem e Na Baixa do Sapateiro. “Foi uma alegria trabalhar com o Madrigal e ver o Teatro Amazonas lotado, com um público tão receptivo. A energia da plateia coroou essa noite de celebração”, completou o maestro.


O repertório também incluiu interpretações de obras consagradas como As Três Marias (Wayne Shorter), Maiden Voyage (Herbie Hancock), Pizindim (Evaldo Gouvêa e Jair Amorim), Bahia (Ary Barroso), Serrado, Flor de Lis e Samba Dobrado (Djavan).