Com o objetivo de valorizar a escrita, despertar talentos e fortalecer o gosto pela leitura entre os estudantes, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) deliberou, nesta quarta-feira (23 de abril), o Projeto de Lei nº 417/2022, de autoria do vereador João Carlos (Republicanos), que institui a criação do Programa Permanente de Incentivo à Produção Literária nas escolas do município de Manaus.
Subscrito pelo vereador Raiff Matos (PL), a proposta visa estimular a criatividade dos alunos da rede municipal de ensino por meio de atividades literárias, como a produção de poemas, contos, crônicas e outras formas de escrita. A iniciativa busca, ainda, contribuir com a formação crítica dos jovens e promover o desenvolvimento educacional e cultural nas unidades escolares.
A proposta surge em um cenário desafiador para a leitura no Brasil. De acordo com a mais recente edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, realizada pelo Instituto Pró-Livro, 53% dos brasileiros afirmaram não ter lido nenhum livro nos três meses anteriores à pesquisa — marca que indica, pela primeira vez, um maior número de não leitores (53%) em relação aos leitores (47%) no país.
Segundo o autor do projeto, vereador João Carlos (Republicanos), o incentivo à leitura desde a infância é fundamental para a formação de cidadãos mais críticos e preparados.
“Esse programa tem o propósito de alcançar todas as escolas, inclusive nas áreas ribeirinhas. Sabemos que quem lê mais também escreve melhor, se comunica melhor e tem mais oportunidades profissionais. Queremos despertar esse interesse nas crianças e adolescentes valorizando o contato com o livro, em contraponto ao excesso de estímulos digitais”, destacou o parlamentar.
O vereador também ressaltou o potencial do projeto para a formação de novos escritores na capital amazonense.
“A leitura proporciona uma visão ampliada do mundo e melhora a compreensão da realidade. É um estímulo que pode revelar novos talentos — poetas, cronistas e escritores — ainda nas salas de aula da nossa cidade”, relata o vereador. O projeto foi aprovado em 1ª discussão e vai à 2ª discussão.
Texto: Stephane Brasil/Dicom
