Os presidente Lula é Donald Trump se reúnem na Malásia neste domingo (26/10), dando início ao processo de negociação das tarifas comerciais norte-americanas impostas ao Brasil e a Lei Magnitsky, aplicada à autoridades brasileiras.
O presidente dos Estados Unidos classificou a reunião como excelente para o interesse dos dois países.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, chanceler Mauro Vieira, afirmou que a reunião se deu em clima descontraído e franco, com Trump indicando que “tudo que foi tratado deverá ser resolvido em pouco tempo”.
Em publicação no X (ex-Twitter), Lula escreveu:
“Tive uma ótima reunião com o presidente Trump na tarde deste domingo, na Malásia. Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras”.
REVERSO – A reunião também vira a página com a família Bolsonaro, que fustigava Trump a sancionar e a chantagear em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, para que não fosse condenado como líder da trama que tentou golpe de Estado após perder as eleições de 2022. O nome Bolsonaro sequer foi citado na reunião.
Além disso, os Estados Unidos entenderam, com as sanções comerciais, o quanto precisa da economia brasileira, sobretudo com relação à agricultura, a maior do mundo, e à temas estratégicos, como as chamadas terras raras, com reservas em escala mundial no Brasil e que são vitais para a indústria de alta tecnologia, incluindo a militar.
Também ficou claro para Trump que as retaliações comerciais empurravam o Brasil para uma relação comercial e política ainda mais próxima com a China, o grande rival dos Estados Unidos na geopolítica global.
Hudson Cristo Braga – Da Redação da COLUNA DO CRISTO.