A Operação Metástase cumpriu 27 mandados de busca e apreensão, além de três prisões assim que amanheceu o dia em Manaus.
A ação, coordenada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM), contou com a participação de 120 agentes, incluindo da Controladoria Geral da União (CGU). Ela é desdobramento da Operação Jogo Marcado, deflagrada em julho passado.
As investigações desvendaram esquema de fraude em operação pelo menos desde 2022. Envolve licitações e cooptação de servidores públicos para o beneficiamento de empresas com contratos com o Estado na área da Saúde.
Além das buscas e apreensões e prisões, o Ministério Público recomendou a imediata suspensão dos contratos das empresas investigadas, que seriam de uma única família; bloqueio de bens e contas bancárias; e o afastamento de sete servidores públicos, sendo que três desses foram presos.
O vice-presidente da Junta Comercial do Amazonas (Jucea), Edmundo Netto, já está fora do cargo. Os demais nomes estão sendo mantidos em sigilo, dada a condição do processo, que corre em segredo de Justiça.
MODUS OPERANDI – Segundo as investigações da 77ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), várias empresas foram criadas por uma família com o intuito de fraudar os processos licitatórios e garantir contratos com o Estado.
Para ter pagamentos facilitados, os investigados pagavam propina a servidores públicos.