Nesta semana, uma onça-pintada foi resgatada no rio Negro, em Manaus, após passar aproximadamente oito horas nadando. A ação foi resultado de um esforço conjunto do Batalhão de Policiamento Ambiental do Amazonas (BPAmb), Secretaria de Estado de Bem-estar Animal (Sepet), com apoio da equipe da deputada estadual Joana Darc e do vereador Aldenor Lima, ambos do União Brasil, além do Laboratório de Interações Fauna e Floresta (Laiff) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
A denúncia de que o animal estava exausto, nadando no rio, chegou ao BPAmb, que solicitou apoio da Sepet e de uma equipe multidisciplinar formada por médicos veterinários, biólogos e especialistas em felinos. O resgate foi realizado com sucesso e a onça foi encaminhada a uma clínica veterinária, onde passou por exames de imagem e laboratoriais. Os resultados mostraram aproximadamente 36 projéteis espalhados entre a região da cabeça e do dorso do animal.
“Como médico veterinário, estive atuando nesse caso e identificamos, através dos exames, os projéteis e as condições clínicas do animal. Verificamos os parâmetros do animal e identificamos que alguns projéteis infelizmente estavam em locais mais profundos e, por isso, não foi possível a retirada. O procedimento durou mais de três horas e, agora, o animal segue estável”, afirmou Aldenor Lima.
Possibilidade de reintrodução
Após cerca de três horas de procedimento, a onça, que é um macho de aproximadamente cinco anos, permaneceu em observação na clínica e posteriormente foi encaminhada a um local seguro, onde continua sob monitoramento especializado. Caso apresente melhora em seu quadro de saúde, o felino poderá ser reintroduzido em seu habitat natural. Aldenor Lima na ocasião, ressaltou o simbolismo da onça-pintada para a fauna brasileira.
“É um animal que todos conhecem porque é um símbolo importante da nossa fauna. Junto a uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais super competentes, estamos empenhados para que a recuperação desta onça seja feita da maneira correta e ela possa ser reintroduzida no seu habitat. Todo o processo exige de todos muita responsabilidade e dedicação, mas isso também depende de como o organismo dela irá reagir também com os projéteis que ainda ficaram alojados”, explicou Aldenor.
Texto: Saadya Jezine (assessoria de imprensa do parlamentar)
