A trajetória literária do poeta Francisco de Abreu Cavalcante, de 91 anos, é tema da exposição em cartaz na biblioteca municipal João Bosco Pantoja Evangelista, localizada na rua Costa Azevedo, nº 216, no centro da cidade. Aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, a mostra apresenta um panorama da obra do escritor amazonense, com destaque para o livro “Miséria e Utopia”, contemplado pelo Edital Demais Linguagens de 2024, da Lei Paulo Gustavo (LPG), promovido pela Prefeitura de Manaus, por meio do Conselho Municipal de Cultura (Concultura).
O livro, lançado neste ano, propõe reflexões sobre a realidade social por meio da poesia, com ações voltadas a públicos diversos, como pessoas em situação de rua, idosos e escritores da terceira idade. A obra reforça o compromisso do autor com temas sensíveis, como desigualdade, memória e esperança.
De acordo com o presidente do Concultura, Tony Medeiros, a exposição representa um reconhecimento à contribuição dos artistas locais.
“Essa exposição é resultado de uma política pública que funciona. Por meio da Lei Paulo Gustavo, com apoio da Prefeitura de Manaus, conseguimos contemplar o poeta Francisco de Abreu Cavalcante com a publicação do ‘Miséria e Utopia’. É uma forma de garantir que a produção literária local ganhe visibilidade e chegue a públicos diversos. Valorizar nossos autores é fortalecer a cultura da nossa cidade”, afirmou o presidente.
A mostra reúne resumos de obras, capas, fotografias, manuscritos, recortes e edições publicadas de títulos como “Rabiscos de Amor”, “Maravilhas da Vida” e “Luzes Poéticas”. Os visitantes também poderão conhecer, em primeira mão, trechos da próxima obra inédita do autor, o “São Nuno de Santa Maria Cantado em Versos”, com lançamento previsto para o segundo semestre deste ano. O livro homenageia o guerreiro português conhecido como “Santo Condestável”, figura histórica que lutou ao lado de dom João pela independência de Portugal.
Estudantes, pesquisadores e frequentadores da biblioteca terão a oportunidade de se aprofundar na produção poética de Cavalcante, cuja escrita é marcada por sensibilidade, crítica social e um profundo senso de humanidade. A exposição também propõe uma reflexão sobre o papel da literatura como instrumento de resistência, inclusão e preservação da memória.
A iniciativa integra as ações de difusão cultural previstas no edital da LPG e reforça o compromisso com a valorização de autores regionais e da literatura produzida no Amazonas. A exposição permanece aberta à visitação até julho deste ano.
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Texto – Divulgação/Concultura
Fotos – Divulgação/Elizabeth Cavalcante
