Justiça condena operadores da rota migratória ilegal Ásia-Tabatinga-EUA
A Justiça Federal condenou dois integrantes de uma organização transnacional de migração ilegal de pessoas para os Estados Unidos que tinha como base Tabatinga, município do Amazonas na tríplice fronteira Brasil, Colômbia e Peru. Além dos dois condenados, com penas de até 28 anos de prisão, pelo menos outros dois estrangeiros faziam parte da prática criminosa. Eles ofereciam o serviço de coiote a pessoas vindas na maioria das vezes da Ásia, sobretudo da Índia, Paquistão e Bangladesh. Tabatinga era um local estratégico de passagem. No município amazonense ficavam hospedados em hotel da organização criminosa antes de seguirem para a América Central, em seguida México para tentativa de ingresso nos Estado Unidos, conforme explica o Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM), que atuou para a condenação dos envolvidos. Para ter o controle das pessoas que sonhavam viver em solo norte-americano, os criminosos se apoderavam do dinheiro e documentos dos clientes asiáticos.
Operação Linhagem da Polícia Federal rastreia dinheiro do tráfico na política
A Operação Linhagem da Polícia Federal, que desmantelou grupo que lavava dinheiro do tráfico de drogas no Amazonas com uso de empresas de fachada e prepostos (laranjas) revelou o que pode ser apenas a ponta do iceberg que atinge o mundo político. A organização criminosa atuava no interior do Estado, um dos integrantes é o ex-vereador de Tonantins Radson Alves de Souza, mas outros políticos também podem ter sido financiados com o dinheiro do narcotráfico. Radson chegou a disputar a prefeitura do município em 2024, mas não venceu. As investigações já rastrearam a movimentação de pelo menos R$ 362 milhões ilícitos e a Operação Linhagem envolveu medidas cautelares, como bloqueio de contas bancárias, além de cumprir 12 mandados de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão: os alvos foram residências e empresas nos municípios Tabatinga, Santo Antônio do Içá, Presidente Figueiredo e condomínios de luxo em Manaus.
Omar Aziz é o preferido para presidir a CPMI do INSS e frear bolsonaristas
Ainda não é oficial, mas o senador Omar Aziz é o preferido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e do próprio presidente Lula para presidir a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará o escândalo dos descontos indevidos nas contas de aposentados e pensionistas. Como a instalação da Comissão no Congresso Nacional se tornou inevitável, então que a CPMI seja blindada por um aliado com pulso para segurar os excessos da oposição, essencialmente bolsonarista. E firmeza e habilidade política Omar demonstrou quando presidiu a CPI da Covid, que na prática se mostrou uma tragédia política para o então presidente da República Jair Bolsonaro. Para a escolha de presidente e relator da CPMI do INSS, primeiro os partidos apresentam os componentes. Em seguida, o integrante mais antigo convoca a eleição para a definição dos que vão ocupar os cargos estratégicos.
Cidade move ação contra situação dramática da energia em Manicoré
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM), deputado Roberto Cidade, ingressou na Justiça com uma ação popular em nome dos moradores do município Manicoré, que estão há 40 dias com quedas intermitentes e prolongadas de energia elétrica. O parlamentar exige que o serviço seja restabelecido, na sede municipal e em comunidades rurais, com urgência diante das perdas já causadas ao município localizado no Sul do Amazonas. Além dos prejuízos ao comércio, o deputado chama a atenção para o atendimento precário na rede de saúde sem energia de qualidade. “Hospitais à base de gerador, partos no escuro, vacinas perdidas, além de escolas fechadas e comércio à beira da falência”. A ação popular foi protocolada na Vara da Fazenda Pública da Comarca de Manicoré e denuncia situação de calamidade institucional e humanitária, com prejuízos à população e ao Poder Público. Infelizmente o problema da energia é um drama vivido por muitos municípios amazonenses.
Estado lança anuário com indicadores de redução da criminalidade
O Governo do Estado apresentou o Anuário de Segurança Pública 2025. Entre os resultados relacionados pelo documento, a redução de índices de criminalidade. Com a criação em 2024 dos Núcleos de Repressão a Roubos no Transporte Coletivo e Rotas do Polo Industrial de Manaus (Nurrc) e de Investigação e Recuperação de Celulares (Nirc), o Estado registrou a recuperação de 2.100 celulares e queda de 38% nos assaltos a ônibus em 2024, na comparação com os números do ano anterior. O Anuário também apresentou queda de 29,7% no número de roubos de veículos, de 1.205 para 846 no mesmo período analisado. Desde 2019, o Estado investiu cerca de R$ 1,2 bilhão na Segurança Pública. No ranking de competitividade, o Amazonas é 7º em desempenho na área da segurança.
AGENDA AMAZÔNIA
MP prepara Observatório Ambiental para otimizar fiscalizações
O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) terá um Observatório Ambiental, iniciativa que visa aperfeiçoar a atuação do órgão no combate aos crimes contra o meio ambiente. O objetivo é acompanhar desmatamentos na região em tempo real. E para que isso seja possível, o órgão utilizará como ferramenta, a tecnologia de georreferenciamento das plataformas Brasil MAIS e MapBiomas Alerta, permitindo o monitoramento de extensas áreas de difícil acesso no Estado. Com a abordagem tecnológica, a fiscalização se torna mais eficiente. E por ser remota, reduz custos operacionais e os riscos que as ações de campo oferecem. A partir da constatação do crime ambiental, o MPAM cruza dados oficiais para identificar o proprietário da área para em seguida a ocorrência ser distribuída à promotoria de Justiça mais próxima com atribuição ambiental.
FRASE DO DIA
LINDBERGH FARIAS, DEPUTADO, LÍDER DO PT NA CÂMARA FEDERAL
Se derrubarem o IOF, vai ter que cortar do Orçamento”
(Sobre a proposta do Governo Federal de criar um novo imposto, alternativa para reduzir o déficit fiscal este ano, assunto com forte rejeição no Congresso Nacional e na sociedade)