Depois de Coari, Omar Aziz lança pré-candidatura ao Governo em Parintins
O senador Omar Aziz iniciou peregrinação pelo interior do Amazonas há cerca de um mês, participando de eventos locais que são na prática o lançamento da pré-candidatura dele ao Governo do Amazonas. No fim de março, na abertura do ano letivo, o prefeito de Coari, Adail Pinheiro, deixou claro o apoio dele ao projeto do senador de voltar a comandar o Estado. Em dado momento, diante de um ginásio lotado, disse: “…só se ouve uma voz, as pessoas dizendo volta Omar, volta para ser governador do Amazonas”. Neste fim de semana, em Parintins, em discurso a milhares de pessoas, na abertura de ação social em comemoração aos 100 dias da gestão do prefeito Mateus Assayag, Omar foi direto ao assunto: “podem contar comigo como governador”. No discurso, lembrou dos feitos quando esteve governador, como a reforma do Bumbódromo e na segurança pública. Coari e Parintins são dois dos principais colégios eleitorais do interior amazonense, onde está a maior força política de Omar.
Saullo Vianna e Roberto Cidade costurando alianças no interior
Além de Omar, outros dois fortes candidatos a deputado federal também estiveram cuidando do eleitorado no interior do Estado: Saullo Vianna, deputado federal licenciado que em 2026 buscará a reeleição; e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM), deputado Roberto Cidade. Saullo esteve em Parintins, onde está o seu principal eleitorado, ao lado de Omar. Já Cidade participou de entregas do prefeito do município Autazes, Thomé Neto. O presidente da ALE-AM tem no interior do Estado a maior parte dos eleitores. A maior parte das emendas que o parlamentar destina é inclusive voltada a esse público. Nas próximas eleições, o deputado deve buscar uma vaga na Câmara federal.
Alfredo Nascimento: pensou em desistir, mas tentará mais uma eleição
Outro que deu as caras no movimentado fim de semana da política foi o presidente do PL no Amazonas, Alfredo Nascimento. Em vídeo nas redes sociais, disse que apesar de ter pensado em se aposentar da política eletiva, vai tentar mais uma vez, em 2026. Alfredo viveu o auge na carreira quando foi prefeito de Manaus duas vezes seguidas, de 1997 a 2004, deputado federal e senador. Do Congresso Nacional, foi alçado a ministro dos Transportes nos governos Lula e Dilma. Depois desse período, amargou fracasso nas urnas. O grande capital político de Alfredo atualmente é a amizade do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto. Quando Valdemar esteve preso, em decorrência do escândalo do Mensalão, Alfredo foi o braço direito na condução do partido no País.
Artur Neto insiste em aproximação que Bolsonaro e a Direita ignoram
Quem lembra do combativo parlamentar Artur Neto, defensor irrestrito da democracia e das políticas públicas progressistas não o reconhece nesta reta final de vida pública. Apesar de ter sido xingado por Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19, Artur Neto, desde quando saiu da Prefeitura de Manaus, tenta uma aproximação com o ex-presidente por clara conveniência política. Como se não tivesse outro caminho a trilhar para voltar à vida pública, Artur se esforça para ter a atenção de Bolsonaro, líder da Direita que poderia lhe dar um cargo eletivo. Em uma das manifestações bolsonaristas recentes em São Paulo, Artur sequer teve alguma atenção de Bolsonaro. Neste fim de semana, o ex-prefeito da capital amazonense por oito anos postou vídeo nas redes sociais desejando pronta recuperação a Bolsonaro, em um tom de intimidade que não ecoa. Artur fez história na política nacional, mas é preciso saber a hora de parar.
Tadeu de Souza defende exploração racional da margem equatorial
O vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, apoia a exploração de petróleo na margem equatorial da foz do Rio Amazonas, desde que se tenha as garantias de que o projeto seja sustentável ambientalmente. Em artigo publicado no Portal Poder 360, o vice-governador defende que a riqueza gerada pela exploração, pleiteada pela Petrobras, seja revertida ao financiamento de projetos sustentáveis na própria região, como para a transição energética. Segundo ele, a implantação de uma indústria petroquímica no Amapá beneficiará os Estados vizinhos, com impactos positivos até mesmo no polo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM). “Mais do que uma questão econômica, a exploração da margem Equatorial é uma questão de soberania nacional”, escreveu Tadeu de Souza, em movimento que lhe dá visibilidade política.
Bolsonaro vai do inabalável no poder a tosco projeto de mártir
Quando esteve na presidência da República, passou a maior parte do mandato investindo na criação de narrativa para se manter no poder mesmo em caso de derrota nas urnas. Agora como réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado e crimes correlatos, Bolsonaro se vitimiza e tenta despertar uma comoção popular, somada a retórica de que é um perseguido político. Até aqui não surtiu efeito, pelo contrário. É notório que a facada que levou na campanha de 2018 deixou sequelas, mas a cada crise, o ex-presidente tenta potencializar as circunstâncias ao extremo. Neste fim de semana, duas postagens nas redes sociais com fotos hospitalizado, com eletrodos no peito e cateter de oxigênio no nariz. Uma imagem fragilizada que destoa do presidente que atacava gratuitamente os que pensavam diferente, intolerante àqueles que demonstravam fragilidade, com ele tratou as vítimas da Covid-19, inclusive com chacotas.
INVESTIMENTO
Codam analisa pauta com R$ 1,4 bi em investimentos na ZFM
O Governo do Amazonas analisa nesta segunda-feira (14/4) a concessão de incentivo do ICMS para 47 projetos industriais voltados à Zona Franca de Manaus (ZFM). Juntos, preveem investimentos de R$ 1,4 bilhão, um dos maiores já analisados pelo Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam). Os fabricantes planejam geração de aproximadamente 1,3 mil novos empregos com as linhas de produção plenamente instaladas.
RECADO
A lição da Apple a Donald Trump
A Apple está mostrando a Donald Trump que a política das sobretaxas, que isola os Estados Unidos do restante do mundo, está desconectada da realidade econômica global. Com a guerra comercial à China, a empresa anunciou que vai reduzir a produção no país asiático e ampliar na Índia e não abrir fábricas em solo norte-americano. A Apple planeja ter 25% da produção de celulares e tabletes até 2026 na Índia. As empresas buscam estabilidade, previsibilidade e custos baixos de produção, tudo que os Estados Unidos não oferecem no governo Trump.
30
mil pneus foram retirados das ruas de Manaus de janeiro a abril deste ano. Em 2024, a Prefeitura recolheu 134 mil pneus, que servem de criadouros de mosquitos e proliferação de doenças.